Os cartórios da 1ª a 6ª Varas Cíveis de Vila Velha estão abarrotados de processos, alguns possuem até 6.000 em andamento, que consequentemente ficam espalhados pela sala de trabalho, mesas, cadeiras e até mesmo no chão.
Além da falta de espaço, a falta de pessoal também é uma queixa recorrente por parte dos servidores, que acumulam funções e horas extras. Por vezes, somam até oito horas, além da carga horária diária, para poderem dar conta do volume de trabalho que é muito superior a quantidade de trabalhadores nos cartórios. Algumas varas chegam a funcionar com apenas dois servidores e estagiários.
Segundo os servidores, o remanejamento de trabalhadores para as unidades judiciárias com maior demanda não acontece. Existe, inclusive, um Ato Normativo que dispõe do remanejamento da força de trabalho nas unidades judiciárias com maior demanda, mas não é cumprido. Por conta das condições desfavoráveis de trabalho do servidor, do grande volume de demandas e poucos trabalhadores para executá-lo, muitos servidores adoecem e precisam ser afastados de suas funções, debilitando ainda mais o atendimento nos cartórios.
O último cartório foi instalado no município de Vila Velha há 21 anos, no ano de 1995. Durante esses vinte e um anos, a cidade cresceu muito, porém, o Fórum se manteve estagnado, sem aumentar o número de varas, espaço ou servidores, mesmo com o Fórum ocupando atualmente um prédio novo e espaçoso.
Outro problema detectado é a falta de equilíbrio na divisão das salas do Fórum, algumas são muito grandes para o número de pessoas que as utilizam, sobrando espaço, enquanto em outras, como é o caso das varas cíveis, falta espaço para trabalhar.
O Sindicato também reiterou à administração do TJES providências urgentes quanto à situação caótica da 1.ª Vara Cível de Vila Velha: grande número de processos e poucos servidores.
