Reunidos em assembleia extraordinária, durante toda a manhã desta sexta-feira (20), os servidores do Poder Judiciário decidiram por unanimidade manter a greve da categoria que já tem 45 dias de duração.
Os servidores se sentiram traídos pela direção do TJES, pois apesar das várias tentativas de negociação com desembargadores e equipe de transição do novo presidente eleito realizadas durante a semana, o pacote de medidas de ajuste fiscal – publicadas no Diário de Justiça desta sexta-feira – corta conquistas dos servidores.
O corte propalado pela Administração do TJES como saída para a má gestão administrativa anula as promoções dos servidores e o adiamento do PCS, votado pela Assembleia Legislativa, que garantiu pagamento de perdas históricas nos salários em 3 parcelas de 5% em 2015, 2016 e 2017. Entretanto, o ajuste transferiu o pagamento destas perdas inflacionárias para 2018 e 2019, respectivamente.
“ O arrocho foi feito em cima dos direitos dos servidores que foram cortados”, denunciou a presidente do Sindijudiciário, Adda Lobato.
Indignados com esta decisão unilateral da Administração do Tribunal a greve será mantida por tempo indeterminado e novas ações de mobilização da categoria serão realizadas em Vitória e no interior do Estado.
Também ficou definido que o Sindijudiciário vai questionar judicial e administrativamente todos os atos feitos pela presidência do TJES, que tenham efeitos financeiros, nos últimos 180 dias.
“O dia está sendo amargo. Estamos vivenciando a injustiça sendo praticada contra nós, trabalhadores, por aqueles que deveriam fazer a justiça. Eles conseguiram quebrar o Tribunal e não cumprem a lei. Mas no final, a justiça estará do nosso lado, por isso tenho certeza de que seremos vitoriosos”, declarou Adda Lobato.