Magistrados e servidores do Poder Judiciário devem ficar atentos ao período de chuvas para evitar perda de documentos

O período das chuvas chegou! O Tribunal de Justiça do Espírito Santo já começa a se preocupar com os possíveis alagamentos que possam ocorrer nos Fóruns e em todas as unidades Judiciárias do Estado. Dessa forma, a equipe da Secretaria de Engenharia e Gestão Predial informa que já está atuando na manutenção de calhas e telhados, e sugere a magistrados e servidores que observem os seguintes cuidados para a proteção de processos e equipamentos em seus locais de trabalho:

  1. Caso haja no local a presença de goteiras, procure afastar mesas e equipamentos das mesmas;
  2. Se possível procurar retirar do chão processos e(ou) outros elementos que possam ser prejudicados pela umidade;
  3. Preferencialmente manter documentos e processos guardados em armários ou gaveteiros para protegê-los de possíveis danos;
  4. Verificar sempre, ao sair do local de trabalho, se janelas e básculas estão devidamente fechadas para prevenir entrada de chuva em ventanias;
  5. Dentro das possibilidades (recursos de mão-de-obra), favor verificar a limpeza das calhas de telhados e procurar mantê-las limpas evitando obstrução dos drenos pluviais e, consequentemente, o transbordo das águas para as áreas internas.

Obs: Em paralelo, a equipe da Engenharia visitará, durante os meses de novembro e dezembro, o máximo de Comarcas possíveis com intuito contribuir com essas inspeções de telhados. Nos casos em que o telhado possui difícil acesso, recomendamos que a limpeza não seja realizada em função dos riscos de acidentes.

A Coordenadoria de Gestão da Informação Documental (CPAD), responsável pela preservação dos documentos no Poder Judiciário, também solicita que os juízes e servidores fiquem atentos para evitar documentos molhados nos Arquivos, por conta do período de novembro a março, caracterizado por forte calor e grande quantidade e intensidade de chuvas.

A CPAD recomenda:

  • A adoção, pelas Comarca e Unidades Judiciárias, das seguintes recomendações preventivas:
  1. Evitar guardar/armazenar documentos em locais como garagens, subsolos, e outros locais baixos, na medida em que são os primeiros a serem inundados durante enchente/alagamento;
  2. Se o local onde o acervo está armazenado já tiver sido anteriormente alcançado por inundações/alagamentos, colocar os documentos no andar ou local mais alto possível;
  3. Observar se o local onde o acervo está armazenado é próximo a rio, córrego ou outro semelhante, pois esses lugares são, durante uma enchente/alagamento, os primeiros a serem atingidos. Em sendo esse o caso, armazenar esses documentos no andar ou local mais alto possível;
  4. Verificar se as calhas e drenos estão em bom estado de funcionamento, e realizar limpezas frequentes;

Em caso de inundações:

  • Procedimentos a serem realizados na área atingida:
  1. Entrar nos locais inundados utilizando equipamentos de proteção individual (EPI’s), tais como luvas, botas, óculos de proteção, máscaras e, se possível, roupas emborrachadas;
  2. Fechar imediatamente o registro da água, em caso de desastre causado por rompimento de tubulação hidráulica;
  3. Recolher, cuidadosamente, com uma peneira de pedreiro grande, revestida com tecido de algodão ou algum tipo de tela de nylon, os documentos que estejam a flutuar na inundação, antes de iniciar a operação de drenagem da água do local;
  4. Abrir pequenos buracos nas paredes para escoar a água em direção ao exterior da edificação, os quais deverão ser vedados tão logo o local esteja em condições de uso, ou seja, tenha sido limpo e desinfetado. Importante lembrar que as aberturas deverão ser feitas somente quando não houver mais perigo de novas enchentes imediatas;
  5. Drenar a água dos locais atingidos, utilizando bombas elétricas, nos casos em que o fornecimento de energia tenha sido normalizado. Ao realizar este procedimento, fazê-lo sob a orientação de um profissional capacitado e impedir a entrada de pessoas no local até que a bomba finalize a remoção da água, por existir o risco de choque elétrico;
  6. Remover a água residual com o auxílio de baldes, rodos e vassouras. Lavar o local com água e sabão e desinfetá-lo com etanol a 70%, conforme orienta a Vigilância Sanitária;
  7. Remover imediatamente o acervo dos espaços onde houver entrada de água da chuva. Na impossibilidade de remoção, cobrir o acervo atingido com lona plástica até que a chuva cesse. Este procedimento é fundamental para reduzir a quantidade de itens danificados pela água infiltrada em lajes e/ou paredes, evitando, dessa forma, expor o acervo durante todo o processo de escoamento;
  8. Reparar imediatamente todas as situações que causaram a entrada de água, em especial a desobstrução de calhas entupidas, tão logo existam condições meteorológicas favoráveis.

 

  • Procedimentos a serem aplicados para o resgate de documentos:
  1. Remover cuidadosamente o excesso de água dos volumes encadernados, colocando-os entre duas tábuas do mesmo tamanho e fazendo uma leve pressão. As tábuas deverão ser pressionadas em ambos os lados ao mesmo tempo, para reduzir a deformação provocada pelo inchamento da encadernação e do corpo do livro.
  2. Em seguida, colocar o documento encadernado aberto em posição vertical numa área arejada, por duas ou três horas, virando o encadernado alternadamente, ou seja, a parte que estava apoiada ficará para cima e vice-versa, sempre na posição vertical; utilizar ventiladores como apoio, porém, não direcioná-los diretamente para os documentos;
  3. Separar, sempre que possível, uma a uma as folhas ainda molhadas dos documentos, em papel do tipo couché ou semi-couché, para evitar o emblocamento (união das folhas entre si). O entrefolhamento desse tipo de papel deverá ser feito utilizando-se telas de nylon ou voile, material plástico ou papel encerado;
  4. Manusear, cuidadosamente, as folhas de papel molhadas, para evitar rasgos, considerando a baixa resistência física e mecânica do suporte;
  5. Secar os documentos atingidos apenas na borda com secadores elétricos, como os utilizados para secagem de cabelos, que tenham as opções de temperatura baixa e média. Este procedimento é mais indicado para pequenas quantidades de documentos molhados;
  6. Remover das peneiras, com cuidado e o mínimo de manuseio, os suportes de pano ou as telas com os documentos para evitar a sua ruptura, colocando-os sobre mesas até que fiquem totalmente secos e possam ser manuseados;
  7. Entrefolhar com papel do tipo mata-borrão os documentos manuscritos ou impressos com tintas solúveis. Na sua falta, utilizar papel toalha ou outro tipo de papel absorvente de cor branca.

 

  • Procedimento a serem evitados:
  1. Não expor os documentos ao sol, para não causar danos às fibras, por oxidação, considerados irreversíveis;
  2. Não utilizar lâmpadas como fonte de calor para acelerar a secagem dos documentos em papel, a fim de evitar o ressecamento do suporte.

Recomenda, ainda, que qualquer incidente decorrente de chuvas, nos arquivos do Poder Judiciário, que gere alagamento ou que venha a molhar processos, documentos e objetos arquivados deverá ser informado a essa Coordenadoria através dos telefones (27) 3334-2098 / 3334-2099 ou pelo e-mail cpad@tjes.jus.br. A Coordenadoria de Gestão da Informação Documental coloca-se a disposição das Comarcas para sanar qualquer tipo de dúvidas.

Fonte: Site TJES.

Link: http://www.tjes.jus.br/periodo-de-chuvas/

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Fale com a gente